In emoções

Sexta-sábado: Rock em rio de emoções

Fotos: G1

O réu Maluf

Supremo seja. Por sete votos a um, o STFdecidiu acatar denúncia de lavagem de dinheiro contra o deputado Paulo Maluf (PP-SP) e mais dez pessoas, entre elas sua mulher, quatro filhos e outros dois parentes. Todos passam a ser réus em ação penal. Maluf e a mulher, por terem mais de 70 anos não poderão responder por crime de formação de quadrilha. Salvos pela velhice. Os advogados de Maluf insistem: "ele vai provar sua inocência". Cara de pau. Só para lembrar: a listinha de acusações contra Paulo Maluf é bem quilométrica. Ele tem bens bloqueados no Brasil e prisão decretada pela Interpol em 181 países. Mas parece que tem gente que não tá nem aí pra isso. O niver dos 80 anos de Maluf, uma festinha pra lá de animada, tava apinhado de figurões da política brasileira. Entre eles, o vice-presidente Michel Temmer, o governador de Sampa, Geraldo Alckimin. o prefeito Gilberto Kassab, membros do TCU e outros correligionários mais.

DEM sem ACM

Li no Política Livre: ACM Neto vai sair do DEM. A fonte seria a Folha.

E o vento levou....

E as vassouras contra a corrupção, plantadas no Congresso Nacional, uma para cada parlamentar, estão sendo roubadas....... Emblemático.

Vassourada no Poder

Cada um dos parlamentares tem direito a uma vassoura. Elas estão plantadas bem ali, em frente ao Congresso Nacional. À disposição dos 513 deputados e 81 senadores. É só começar a faxina....

Foto: Naiara Leão/G1

A Revolta das togas

"A quase totalidade dos 16 mil juízes do país é honesta, os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%, mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário". A assertiva é da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, que não recua nem um centímetro do que declarou em entrevista à APJ -Associação Paulista de Jornais, ao condenar no STF a redução do poder de investigação do Conselho Nacional de Justiça - CNJ:"Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga". O presidente do CNJ, César Peluso, se inquietou com a declaração da ministra baiana e alertou aos seus pares: “Se os senhores não leram, leiam, porque em 40 anos de magistratura nunca li uma coisa tão grave. É um atentado ao Estado Democrático aos conselheiros". Eliana Calmon não se abala e repete: " A imagem do Judiciário é a pior possível, junto ao jurisdicionado" .

Vinde a mim!

O PSD emplacou. E aqui na Bahia, capitaneado pelo vice-governador Otto Alencar, nasce com a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa, Só perde para a do PT. Serão 11 deputados estaduais e cinco federais. Os 11, vão engrossar as fileiras de Jaques Wagner, que já é bastante robusta . Agora, o governador baiano vai contar com 49 aliados dos 63 deputados da Casa. Nem ACM conseguiu isso. O cacique conquistou, na época, o apoio de 44 deputados. Otto e Wagner, a despeito do barulhão da oposição, fizeram a tabelinha eficiente e marcaram o gol, na Bahia. No nacional, o prefeito de São Paulo e fundador da legenda, Gilberto Kassab, leva o crédito

• IDEOLOGIA PRA VIVER: Agora resta saber pra que lado o barco PSD vai navegar. Só relembrando: Ser "nem contra, nem a favor, muito pelo contrário, não é ser Independente.

Tufão bipolar: matou e divertiu

O tufão que passa pelas Felipinas, o Nesat, já matou pelo menos 7 pessoas, entre elas um bebê. O tufão chegou à ilha de Luzon antes do amanhecer com ventos sustentados de até 140 km/h e rajadas de até 170 km/h, segundo o serviço filipino de meteorologia . Em Manila, inundou ruas, deixou a capital sem energia elétrica e o trânsito em caos. Apesar da gravidade, muitos felipinos se divertiram com as fortes ondas provocadas pelo Nesat.

Fotos: AFP

Furacão pede passagem

Um furacão se aproxima das Filipinas . Mais de 100 mil pessoas são retiradas das regiões onde o furor promete passar derrubando tudo. A previsaõ é de enchentes e deslizamentos de terras na principal ilha de Luzon. A evolução do tufão segue para a categoria 3, com ventos de até 200 quilômetros por hora. Na parte da tarde, as escolas da capital, Manila, foram fechadas e pais correram para buscar e proteger seus filhos.

Foto: Noel Celis/AFP

A volta dos que não foram

Instala-se o pior, deixa-se o caos acontecer. Depois entra-se com a "salvação". Olha a ministra Ideli Salvatti bradando por aí: "O Brasil precisa de um novo imposto para financiamento da saúde pública". É a volta da CPMF cujo saldo, podem apostar, não aterrisará todinho nos cofres da saúde. Como nunca aterrisou, enquanto existiu.

Foto: Rodolfo Stuckert / AgênciaCâmara

Lula lá

A estrela do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva brilha bem mais que a do presidente dos EUA, Barack Obama, considerado o homem mais poderoso do planeta. Nesta segunda-feira, 26, Lula foi recebido com pompas de estadista pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, no Palácio do Eliseu. Ele está na França para receber o etítulo de doutor Honoris Causa do prestigiado Instituto de Ciências Políticas de Paris. As informações dão conta que o encontro com Sarkozy foi privadíssimo e que Lula saiu do Palácio de boca chiusa. Nenhuma declaração sequer. Antes de desembracar em Paris Lula já havia passado pelos EUA, onde se reuniu com o presidente da Federação Americana do Trabalho e do Congresso de Organizações Industriais, Richard Trumka. No sábado, fez conferência batizada de Avanços e desafios da América Latina, organizada pelo FMI e o Banco Mundial. Na quarta-feira, o viajante desembarca em Gdansk, Polônia, para receber o Prêmio Lech Walesa em reconhecimento ao seu apoio pela "liberdade, democracia e cooperação internacional". Depois tem encontro como própro Walesa, Nobel da Paz. E mais: segue para Londres onde fará duas conferências, uma sobre o Crescimento econômico e o desenvolvimento social no Brasil e outra, na sexta-feira, com o tema Encontro sobre mercados de alto crescimento promovida pela revista The Economist. Lula se movimentando muito bem pelo mundo.

• JUSTIÇA SEJA FEITA: A projeção que Lula conquistou no mundo dito intelectual, mesmo sendo de origem metalúrgica-sindicalista e sem formação acadêmica é, sem dúvida, fenomenal. O ex-presidente será a primeira personalidade latino-americana a receber o título desde a fundação do Institutode Ciências Políticas ,em 1871.
• A cerimônia vai acontecer plena de convidados ilustres e professores do instituto de altos estudos.

Foto: AP

Dilma e Wagner fazem gol de placa

Dois belíssimos gols marcados, separadamente, pelos governos estadual-Bahia e federal. O governador Wagner bateu um bolão ao sancionar a lei estadual de promoção do trabalho decente, aprovada recentemente pela Assembleia Legislativa. A lei prevê a captação de recursos para o combate ao trabalho escravo e todas as formas de exploração de mão-de-obra no estado. A Bahia foi o primeiro Estado no mundo inteiro a instalar uma agenda de trabalho decente. Parabéns meu governador! O outro gol foi o marcado pela presidente Dilma na articulação para a aprovação, na Câmara dos Deputados, da criação da Comissão da Verdade, que irá apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, período da ditatura militar. Justiça a ser feita. A proposta ainda passa pelo Senado com todas as chances de ser carimbada. Lula não conseguiu emplacar essa durante seu governo, na certa com temor de criar desgastes com a classe militar. Dilma foi lá e cravou sua marca. Parabéns presidente. O Brasil agora pode ser passado a limpo.

Oposição baiana sai na frente

Aproveitando o vácuo manso da situação, a oposição baiana bota o pé na estrada rumo às eleições 2012 para prefeito de Salvador. Já tem pesquisa e tudo. O deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA) tascou em seu Facebook o resultado de uma pesquisa encomendada ao Instituto Farani Consultoria e Pesquisa. No páreo, ACM Neto (DEM), que marcou liderança, o tucano Antônio Imbassahy (PSDB), o ex-prefeito Mário Kertész, que anunciou filiação ao PMDB, além de Nelson Pelegrino (PT), o vice-prefeito da capital Edvaldo Brito, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) e a senadora Lídice da Mata (PSB). Os resultados em dois cenários deu nisso:

• Primeiro cenário: ACM Neto 24,4%; Imbassahy 18,7%, Lídice da Mata 13,5%, Nelson Pelegrino 13,2%, Edvaldo Brito 4,9%, Mario Kertész 3,7% e Alice Portugal 3,2.
• Segundo cenário: ACM Neto 27,3%, Imbassahy 21,6%, Nelson Pelegrino 18,9%, Edvaldo Brito 6,7% e Mário Kertész 4,5%. Terceiro cenário: Imbassahy 34,2%; Nelson Pelegrino 21,2%; Edvaldo Brito 9,2%; Mário Kertész 5,6% e Alice Portugal 4,8%.

Boi na linha

“Ou a Polícia Federal está inteiramente errada, jogando fora o dinheiro da Nação, fazendo investigações temerárias, ou a Justiça está errada". O questionamento pra lá de pertinente é da ministra do Superior Tribuinal de Justiça - STF - Eliana Calmon. Ela se refere, naturalmente, ao fato de o STJ ter anulado provas colhidas pela PF durante a chamada Operação Barrica, que apura movimentos suspeitos - como lavagem de dinheiro -, de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney. E, pra variar, essa é a terceira operação da PF deletada pelo Supremo. Antes já haviam sido anuladas as provas colhidas pelas operações Castelo de Areia e Satiagraha. Todas investigam empresários e políticos peixes-grandes. Aí o STJ anula provas. Cabal, portanto: quem tem dinheiro e prestígio nesse país não precisa ser JUSTIÇADO. Pra esses, nada de condenação ou cadeia. E, se durante a operação, a PF utilizar algemas para envergonhar esses bandidos "influentes", a porca torce o rabo. A chiadeira é geral. Não se trata de bandido "pobre" qualquer. Com os pobres pode! Com os ricos, não. Faço questão, então, de reeditar aqui o que disse Fernando de Barros e Silva na página editorial da Folha desta terça-feira: " Mas quem exorbita nesse epsódio escandaloso? É a polícia? Ou é um Judiciário que afaga descaradamente investigados que possuem poder político ou econômico? Tem boi nessa linha. Ou melhor: tem barrica à mostra sob o manto da legalidade". Perfeito.

Dilma Rousseff: Bem na fita

A presidente Dilma Rousseff está com a bola toda e provando que o prestígio do Brasil varonil, lá fora, continua em alta. Com muito orgulho, como ela própria declarou, será a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU. Vai falar em nome do Brasil para 193 chefes de Estado. Capa da Newsweek que chega às bancas esta semana, mas já disponível na versão online, Dilma é retratada pela revista americana como uma mulher durona e decidida. E a manchete avisa: Don’t Mess With Dilma (Não mexa com Dilma). E o poder dessa mulher brasileira pode ser facilmente detectado pelos não menos poderosos que querem trocar figurinhas com ela: Nada menos que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o da França, Nicolas Sarkozy, o do México, Felipe Calderón, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Todos solicitaram agenda com ela. Hoje, logo mais, a presidente brasileira carimba de vez o seu glamour, num jantar em Nova York para 400 pessoas, no Pierre Hotel, ao preço de US$ 1,5 mil por cabeça. A adesão já conseguiu arrecadar US$ 1 milhão de empresas brasileiras e estrangeiras ansiosas em ampliar negócios no Brasil e EUA e será revertida para o Brazil Institute, promotora de debates sobre os dois países. Quem desembolsar US$ 100 mil garante lugar na mesa da presidente. E nessa listinha já asseguraram suas cadeiras a Coca-Cola, a Gerdau, a Alcoa, a AES, a farmacêutica Merck e a Raízen, joint-venture entre a Shell e a Cosan.

Fotos: G1

E Lula não sossega o facho

Nove meses se passaram desde que Luís Inácio Lula da Silva desceu a rampa do Planalto e, ao que parece, não permaneceu muito tempo confortável na posição de ex-presidente que, segundo ele próprio, ficaria queitinho sem apitar em nada. Apita em tudo. Posa de estadista, visita países e seus presidentes, reúne-se com cargos chefes da União, ministros, partidos e parlamentares. Orienta e tem conversas de liquidificador com a presidente Dilma e agora decidiu: vai tocar ele mesmo, e com mão de ferro, a Reforma Política Brasileira. E já começou. Disse que vai negociar com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) propostas como financiamento público de campanha e voto em lista. Naturalmente, a idéia é articular para que todas as grandes sardinhas se acomodem nas latas dos dois grandes e maiores partidos: O PT - of course - e o PMDB. O resto que se vire. Acho bem feito. Vivemos uma era desprovida de líderes, porque a classe que deveria forjar sua história e trajetória política na produção e qualificação de suas potenciais líderanças, está mais preocupada em saciar a sua fome de poder e dinheiro. Um país sem líderes ruma para onde os mais espertos querem que ele vá.

O gigante que se verga

Nada menos que 55% dos americanos desaprovam o governo de Barack Obama. Tenho dito. Obama tem se posicionado amorfo. Falta vigor. Herdou herança maldita de Bush, é certo, mas deveria ter mais manifestação pessoal.

• E o Birô do Censo aponta que os EUA tem agora 2,6 milhões de novos pobres, um aumento de 6% em relação ao ano passado. Esses " novos pobres" americanos, diga-se de passagem, ganham 5,5 vezes mais que os pobres brasileiros. A renda anual dessas famílias é de U$ 22,3 mil - R$ 37 mil. E por lá, não se detectou nenhum contingente vivendo abaixo da linha de pobreza. Ou seja, na miséria.
• Os pobres do Brasil somam 80 milhões de pessoa. Quase 50% da população e os miseráveis já formam uma fila de mais de 16 milhões de brasileiros.

Vida presa num barbante

Especial do G1: O maior campo de refugiados encontra-se em estado de emergência. Construído em 1991 para abrigar 90 mil pessoas, Dadaab tem hoje 380 mil. A pior seca no Chifre da África em 60 anos está levando diariamente ao menos 800 pessoas a bater nas portas de Dadaab. Dadaab foi construído em 1991, quando estourou a guerra civil na vizinha Somália, após a queda do ditador Mohamed Siad Barre. A Organização das Nações Unidas (ONU), com a aprovação do governo do Quênia, montou na região fronteiriça (onde já viviam quenianos de origem somali) um complexo de três campos: Ifo, Dagahaley e Hagadera – cada um capaz de abrigar até 30 mil pessoas. A previsão era que o campo servisse de acampamento temporário para aqueles que fugiam, e que eles pudessem voltar para suas casas assim que o conflito terminasse. Mas, 20 anos depois, nada mudou. O G1 esteve no campo entre os dias 1º e 3 de agosto e mostra numa série de reportagens a estrutura, o dia a dia e as dificuldades de quem vive de forma permanente numa casa temporária.

Fotos: Thomas Mukoya/Reuters e Giovana Sanchez/G1

A teoria do Caos

Existe uma estratrégia amplamente adotada na arte da guerra de fazer política: Instalar o caos ou, deixar ele acontecer, para em seguida apontar, ou impor - pela vulnerabilidade dos atingidos - a solução que se quer. Estou aqui matutando sobre o caos a que se chegou a saúde desse país. Instalado? Premeditado? De repente os discursos dos aliados ao poder não páram de visualizar na volta da CPMF a acertada solução para reverter o quadro caótico dos serviços públicos de saúde. É o povo sendo manipulado pela elite global. Afinal, o povo, é o que menos importa nesse país. Digam que estou errada! Por gentileza.

Uma nova mulher

Confesso ter torcido o nariz inúmeras vezes para os concursos de Miss. Assisti o Miss Universo pela Band nesta segunda-feira pós-feriadão e, não sei se pelo meu espírito leve ou pela modernização do evento - que sempre considerei um tanto retrô -, gostei do que vi. E gostei mais ainda do resultado. Inusitado e quase improvável em tempos anteriores, onde louras e morenas de faiscantes olhos claros sempre arrebatavam a coroa. A negra angolana que subiu ao trono do Miss Universo ontem, Leila Lopes, 25 anos, é simplesmente uma deusa imponente e mereceu o título. Apesar da confusa tradução de línguas o evento foi bem elaborado, vibrante em cores e pinceladas de tecnologia. Figurino e mentalidades das misses ganharam, ao que parece, sopros de modernidade. A maioria das beldades apresentaram uma mente apontada para o futuro profissional e para o conhecimento, quase todas dominando cerca de 5 linguas, inclusive a brasileira Priscila Machado, 25 anos, que brilhou em terceiro lugar. Biquines coloridos e vestidos transparentes e esvoaçantes substituiram os cafonas maiôs Catalinas e os pavorosos trajes típicos que transformavam as coitadas em verdadeiras árvores enfeitadas. E, se não me engano, nenhuma delas disparou que o Pequeno Príncipe seria seu livro de cabeceira. Ufa! Novas e lindas mulheres.

• Claudinha Leite: Show de bola a vigorosa e moderna apresentação da cantora baiana.
• Bebel Veloso: Também desfilou seu talento pelo palco do Miss Universo. Mas suas performances intimistas são bem mais interessantes.

Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Gente fina, elegante e sincera!

Certas cenas protagonizadas nas esferas do poder nos levam a crer que ainda estamos longe de passar a borrachinha em nossa imagem de "república de bananas". A quilômetrica ficha criminal do deputado Paulo Maluf (PP), que envolve falcatruas, improbidade administrativa, desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro, o que resultou em bens bloqueados no Brasil e prisão decretada em 181 países membros da Interpol - Polícia Internacionl, entre eles os EUA, nem de longe constrageu importantes políticos com trânsito em Brasília de prestigiar a "festinha" de aniversário dos seus 80 anos, comemorados no sábado. Tão quilômetrica quanto a ficha suja de Maluf, foi a lista dos convivas. Passaram por lá o vice-presidente Michel Temmer, o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, o prefeito paulista Gilberto Kassab, além de membros do Tribunal de Contas - TCU -, diversos deputados e correligionários. O coquetel, montado para 800 pessoas, foi regado a champanhe, patê de foie gras, risoto de vitela e cogumelos. Para os importantes e seletos ouvidos, concerto da Orquestra Sinfônica de São Paulo. Acinte maior não há!

Projeto de poder e a imprensa maldita

Fico aqui pensando nos Poderes - o Executivo, o Legislativo e o Judiciário - e em possíveis marcos regulatórios para eles. O chamado quarto Poder, a imprensa, mesmo com um Poder não institucionalizado, faz o quê? Cumpre a função social, garantida constitucionalmente, de informar a sociedade sobre todas as vertentes do cotidiano que fazem a história de um país. Cumpre o papel de checar o que se passa nos poderes institucionalizados e tornar essas informações públicas para que a sociedade tome conhecimento e se posicione. É a imprensa quem assegura o legítimo direito de cada cidadão ser informado. Inclui-se aí os bem feitos e os malfeitos. Se não existem marcos regulatórios para os três Poderes, porque criar um para o assim chamado Quarto Poder. A quem interessa "regular" o que a mídia produz? A quem faz MALFEITOS e não quer que o público saiba disso. Excessos? Acontecem em todas as instâncias e naipes profissionais. Excessos no Executivo? Tem demais. No Legislativo? Nem se fala. No Judiciário? Inúmeras injustiças decretadas. E quem é que está preocupado ou discutindo a criação de específicos marcos regulatórios para essas esferas? As Leis, os tribunais estão aí justamente para coibir os excessos. Ou pelo menos deveriam. Viessem de onde viessem. O que na prática, a depender da “instância”, nem sempre acontece. Mas em se tratando da imprensa, qualquer cidadão que se sinta prejudicado por uma informação divulgada pode tranquilamente lançar mão desses recursos e defender-se. Inclusive tornar isso público, sanando a sua imagem, utilizando-se democraticamente da própria imprensa. O marco é esse. Qualquer outro "marco" que queira limitar a atuação da imprensa no seu livre exercício de informar, denunciar, cobrar, é CENSURA. E é deprimente ver partidos como o PT, que forjaram suas histórias no seio das causas populares, sindicais e na defesa das liberdades - todas elas - insistirem em implantar no país uma ferramenta anacrônica, retrógrada, antidemocrática e infeliz como essa. Isso é coisa de partido que transformou o seu projeto de governo em robusto projeto de Poder, com riscos de descambar para um sentimento totalitário, de domínio, típico dos que querem impor-se à beira da fonte, bebendo sem para. Porque insaciáveis. E algo grave: É inadmissível que os rumos do exercício de uma profissão sejam debatidos e delimitados fora dela. Não é prerrogativa dos partidos definir o que será do jornalismo brasileiro. Os partidos podem participar das discussões, como qualquer outro segmento da sociedade, mas não engendrar, definir e pautar comportamentos para a mídia, como veículos sem cérebros fossem, marionetados para servir a esse ou aquele interesse. Muito menos é prerrogativa de partidos retirar da profissão direitos constitucionais e inerentes à própria natureza do trabalho. O jornalismo é composto por uma classe de profissionais. E tem suas próprias técnicas, funções, regras e ética. E esse não é um conjunto atoa. Mas fundamentado nas observâncias e dispositivos legais da Lei que regulamenta a profissão.. Portanto, o "marco regulatório" que o PT busca incessantemente cravar na jugular da imprensa, não tem outra serventia a não ser imobilizá-la para que não atrapalhe o seu projeto de domínio, de Poder.. E o tiro pode parar no pé. Porque essa idéia coloca o partido no ranking das agremiações ultrapassadas que não param de olhar para o próprio umbigo e, por isso mesmo, não conseguem enxergar e muito menos captar as tendências e sentimentos do futuro.

O que estiver encoberto, será revelado

Chamar censura à imprensa de "marco regulatório" é, no mínimo, patético.

O preço da corrupção

Da Folha/UOL: Pelo menos o valor equivalente à economia da Bolívia foi desviado dos cofres do governo federal em sete anos, de 2002 a 2008, informa reportagem de Mariana Carneiro, publicada na Folha deste domingo. Assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha, podem ler a íntegra aqui a partir da madrugada.

Veja página especial sobre o custo da corrupção

Cálculo feito a partir de informações de órgãos públicos de controle mostra que R$ 40 bilhões foram perdidos com a corrupção no período --média de R$ 6 bilhões por ano, dinheiro que deixou de ser aplicado na provisão de serviços públicos. Com esse volume de recursos seria possível elevar em 23% o número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família --hoje quase 13 milhões. Ou ainda reduzir à metade o número de casas sem saneamento --no total, cerca de 25 milhões de moradias. O montante apurado faz com que escândalos políticos de grande repercussão pareçam pequenos. Leia a reportagem completa na edição deste domingo da Folha, que já está nas bancas.