quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Vanguarda? Vamos ver. Estamos de olho
A Bahia foi o primeiro estado do país a instalar o Conselho de Comunicação. Solenidade pomposa no Ministério Público, com a presença do alto escalão governamental. Estavam todos lá. Do governador Jaques Wagner ao secretário de Comunicação, Robinson Almeida. O Conselho chega com a garantia de democratizar a informação na Bahia e com o "principal" objetivo de formular políticas públicas para o setor. Tudo devidamente estruturado num Plano Estadual de Comunicação. Resta saber quais são os " segundos" objetivos dos CCS. Que não seja o de excercer o controle da mídia, como prevê a Associação Nacional dos Jornais - ANJ, entidade totalmente contrária ao projeto e que promete vigiar o que se fará na Bahia. A atuação do Conselho, segundo a ANJ, deve restringir-se ao âmbito estadual. Atenção é preciso. Qualquer "marco regulatório" que queira limitar a atuação da imprensa no seu livre exercício de informar, denunciar, cobrar, é CENSURA. O governador Wagner assegurou em seu discurso de instalação do Conselho que não pretende "controlar os veículos de comunicação. Mas deixou claro também, que não deseja ser controlado. Esse "controlado" seria, por acaso, "fiscalizado"? Bom refletir. Porque um dos papéis primordiais da imprensa é justamente o de fiscalizar e informar à sociedade a atuação dos poderes estabelecidos. Vamos ficar de olho e prontos para resistir e denunciar caso haja intenções - subliminares - de imobilizar a imprensa para que não atrapalhe a um projeto político de domínio e poder.
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