quinta-feira, 12 de julho de 2012

Força na peruca , Demóstenes

Então. O ex-senador, Demóstenes Torres, cassado pelos colegas parlamentares por ser um dos denunciados do pesado esquema de corrupção do empresário e bicheiro Carlinhos Cachoeira, já sabe o que fazer em seu ostracismo porvir:  recorrer da decisão - " Vou recuparar no STF o mandato que o povo de Goiás me concedeu", escreveu eu seu twitter - e se dedicar ao que sempre gostou e abandonou por conta das "atividades" políticas: ler, ouvir música e escrever sobre essas e outras artes em seu blog. Parafraseando a afilhada: " Força na peruca" Torres, vc tem até 2027 para se dedicar a esses prazeres e aprender. Volte curado!




quarta-feira, 11 de julho de 2012

Declínio

Melancólico fim de Demóstenes Torres. Em 188 anos foi o segundo senador a abandonar a cadeira - no caso dele ocupada com o falso manto da moralidade -, cassado pelos seus pares. Pares cujos semblantes sombrios da triste cena, traziam na testa um certo vinco de preocupação....

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Consciente Frase D


"O poder é um pântano que nos arrasta para baixo"

Por Lídice da Mata, líder do PSB no Senado

O que a CUT não quer perder?


O futuro presidente da CUT, Vagner Freitas - a ser empossado esta semana em congresso da entidade que acontece em São Paulo -, "ameaça" colocar o seu bloco na rua em defesa dos réus do mensalão. E justifica: Teme que o julgamento do mensalão se transforme numa batalha política entre petistas e seus adversários, E dispara o seguinte absurdo: " Nós vivemos um bom momento político e a estabilidade é importante para os trabalhadores". Vamos lá. Bom momento político pra quem, Sr. Freitas? O país inteiro se mantém em estado de perplexo atordoamento por conta das sequenciais denúncias de corrupção que não param de vir à tona e emporcalham de ponta a ponta os vínculos do poder. E estamos num bom momento político? Então quer dizer, Sr. Freitas, que temos que ser benevolentes e fazer cara de paisagem para a desfaçatez que assola as podres relações politicas, empresariais e governamentais por conta das conquistas dos trabalhadores? Relevar crimes, falcatruas, suborno, propinas e desvios de dinheiro público só porque os envolvidos são do partido que supostamente "luta" pela classe trabalhadora? Seria esse o preço? Não creio que os trabalhadores desse país queiram pagar essa maldita conta para terem suas conquistas consolidadas, Sr. Freitas. Os direitos dos trabalhadores devem ser legitimados, sim. Mas sem negociatas. Não disse sem negociações. Disse sem negociatas. Ora, não é segredo pra ninguém que a CUT sempre foi a coluna sindical do PT e que seus dirigentes sempre estiveram filiados ao partido. Como não é segredo pra ninguém que as centrais sindicais estão milionárias hoje por conta das benesses e verbas astronômicas que tilintam em suas contas desde que o PT assumiu as rédeas do país. Talvez, seja esse o "bom momento" e a "estabilidade" que a CUT não queira perder. E por isso ameaça invadir as ruas com a sua tropa em favor dos acusados de lesar os cofres do país. E conta com ilustres aliados. A abertura do Congresso, por exemplo, terá a presença do ex-presidente Lula da Silva. E Freitas, a despeito das viciadas relações da CUT com o Poder, insiste em não querer um julgamento pollítico. A despeito dos direitos e punições dados aos reús pelo que estabelece a Lei, não se engane Freitas, o julgamento deve e será político, sim.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Bem casados

Dois dos mais cogitados e queridinhos marqueteiros do país, Duda Mendonça e João Santana, trocaram alianças de novo. Andaram meio que assim, de relações cortados, mais foram reaproximados por uma causa que, naturalmente, os dois consideram pra lá de justa: a campanha do ex-prefeito e radialista Mário Kértesz, de quem Santana foi secretário de Comunicação. Uma "dobradinha" inteligente e criativamente infernal. Claro que para os "outros" candidatos. Inegável: são bons. Baianos que, somados à Nizan Guanaes,  temperaram com dendê e tudo o marketing político brasileiro e de um monte de países por aí.

Frase D

"Os professores merecem mesa"
Alice Portugal, referindo-se ao posicionamento do governo Wagner em não negociar com os prefessores baianos em greve há 85 dias

Elegância perdida

Com uma trajetória política forjada nas embates sindicais e apoiada por combativas classes trabalhadoras, foi inacreditável ver a passagem do governador Jaques Wagner pelos corredores das comemorações da Independência da Bahia. O 2 de julho. Meu estado foi de perplexidade. A música que editou a trilha sonora do seu rápido e acelerado desfile, soou constrangedora. Não apenas porque ecoava de vocais populares. Mas de corais formados pelas hostes que o consagrou. O elegante jeito Wagner de ser e governar - que inclusive elogiei no início de seu mandato em artigo publicado no Letras de Plantão (www.letrasdeplantao.blogspot.com) pareceu-me ter se esvaído entre o ensurdecedor barulho que transformou a passarela do 2 de Julho numa trincheira de guerra. Posicionada num degrau de um dos antigos casarões da Lapinha, de caneta e bloquinho na mão, pronta para iniciar as anotações jornalísticas que comporiam as cenas da minha matéria, entresteci. Entresteci ao ver, de lampejo, entre os urros e o empurra, empurra da saída do cortejo, o rosto contraído do governador. Fiquei me perguntando onde ele começou a errar. Errar no cuidado e zelo com a sua imagem, história e, sobretudo, na eficácia de manter em nível positivo a grata satisfação das classes que o elegeu. Presenciando as cenas "pazzesca" daquela suposta Independência da Bahia, conclui num suspiro: Wagner anda muito mal assessorado. O seu staff de comunicação, cerimonial e imagem, errou tudo. Da antecipação desastrosa ao curral segregador, do início acelerado ao final da festa. Restou-me a triste contemplação de ver o brilho de uma estrela, amortecer em seu próprio céu!

domingo, 1 de julho de 2012

PMDB mantém vice. Mas PSC vai junto



Cogitações finalizadas. PMDB pisa no 2 de Julho com a mesma chapa lançada. Kértesz e Nestor. Mas PSC desiste mesmo de Nelson Pelegrino e segue junto. E o futuro, com um pouco de fé, a Deus pertence!

Viva ao 2 de Julho


" Brasileiros corações, com tiranos não combinam"


De olho na Independência!

Mudança de vice


E o sol do 2 de julho sempre brilha mais que o primeiro. Esse ano, para alguns. Pode desbotar para outros. É bem provável que no desfile "político" da Independência da Bahia, o PMDB marche com uma nova configuração na chapa. Pode ter troca de vice. E, se tiver, vai sair Nestor Neto e entrar outro jovem promissor: Heber Santana, do PSC. Especulações que podem se confirmar - ou não - a qualquer momento. O PSC, que divulgou apoio a Pelegrino não gostou da indicação de Olívia Santana para a vice. A vereadora vive de bronca com os evangélicos, segmento ninho do partido. Ao que parece, os petistas não fizeram lá muita "fé" nessa fatia eleitoral que cresce de forma considerável a cada ano. Os atentos, sabem que nem de longe podem tratar como se nada fora essa multidão cada vez mais exigente e politizada que já soma no país mais de 43 milhões de pessoas.

O erro estratégico do PT


Refletindo sobre mais uma vertente dos vices da sucessão municipal de Salvador. Ao indicar Olívia Santana para compor sua chapa, Pelegrino desprezou uma fatia considerável do eleitorado, cujo partido representante ele suou pra conquistar: o PSC. Deixando claro que o comentário é puramente estratégico. Absolutamente nada contra a Olívia, que considero excelente quadro, mulher combativa a quem respeito. Mas ao garimpar a vereadora para a vice, Pelegrino, Wagner e a cúpula que coordena os acordos da campanha erraram feio na estratégia e podem ter jogado o PSC no colo de algum outro candidato mais estrategista. Olívia bate duro nos evangélicos, seio acolhedor do PSC. Antenado, coeso e politizado, o segmento sabe muito bem o que quer e a força que tem. Criterioso e exigente com a sua fé, o partido com certeza só apoia quem, no mínimo, é simpático a ela. Sem chances para quem lhe mostra rejeição e condena. Talvez se o IBGE tivesse divulgado um dia antes os resultados de sua pesquisa, os "estrategistas" do PT tivessem corrido pra mudar seu quadro já montado, apesar do mise en scène. O instituto aponta que enquanto os católicos estacionaram, os evangélicos cresceram nada menos que 61% em 2010. Hoje somam a significativa multidão de 42,3 milhões de brasileiros. Força eleitoral fenomenal! Dá pra desprezar? Não dá! O PSC de Eliel Santana, orientado pelo nacional, já havia fechado e divulgado apoio a Nelson Pelegrino. Depois de Olívia, fica a minha pergunta no ar: O PSC vai desistir ou continuar? Duvido que continue.