terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
A retórica união da oposição baiana e a arca petista
Fiz prognóstico lá atrás. O discurso "unidos venceremos" da oposição baiana nunca mostrou-se lá muito convincente. Na hora H de "quem vai morder o queijo", a corrida ao prato deu a largada para um agitado "farinha pouca meu pirão primeiro". Na acirrada disputa pelo Palácio Thomé de Souza, que depois das eleições será desocupado pelo apaixonado prefeito folião João Henrique - não se sabe ainda se levando na bagagem, além da sua nova primeira-dama, a inelegibilidade pela reprovação de suas contas - as figuras que se acariciavam e rasgavam seda entre si começam a trocar os confetes pelas farpas. Afinal, passou o Carnaval. No fundo cada um sonhou mesmo que os demais seriam a seu favor. O PMDB de Geddel Vieira Lima, que apostava no ex-prefeito e hoje radialista Mário Kértesz, ameaçou até colocar o próprio Geddel na linha de frente. Que meda! Conchavos aqui, pressões acolá e eis que Kértesz - que recuou, voou para outras paragens internacionais e aterrisou em Brasília -, volta à ribalta. Se re-re-pré-candidatou. ACM Neto, super-pré-candidato, inclusive esbanjando folgado índice nas pesquisas de intenção de voto, faz cara feia pros Vieira Lima ( Lúcio e Geddel) que rosnam insistentes o nome de MK. Neto garante que é preferência nacional, bate pé firme e diz que não dá nem pra iniciar conversa se os peemedebistas não reconhecerem isso. O bem aconchegado Tucano Antônio Imbassahy, com a bênção do tarimbado mestre Juthay Magalhães, sobrevoa o ninho e a todos jurando pelos deuses ser a melhor opção para enfrentar a fauna petista que ameaça invadir o Palácio com a sua arca. Não a de Noé. Mas a de Nelson Pelegrino, o pré-candidato do partido. Não o candidato dos sonhos. Mas o possível. Que, aliás, pela energia simpática mas um tanto inexpressiva, poderia tornar-se batível apesar da máquina, caso a pre-cantada "união" dos oposicionistas não passasse de pura retórica.
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