terça-feira, 13 de março de 2012
Dilma afaga a base e se livra de Jucá
Confortavelmente entronado em sua cadeira de líder do governo no Senado há 12 anos, Romero Jucá ( PMDB-RR) - que passou pelas gestões FHC, Lula e agora Dilma, vê-se assim de repente destronado. Em seu lugar, o Planalto vai enfiar a coroa na cabeça de Eduardo Braga (PMDB-AM) que já sinalizou que terá o "maior gosto" em reinar. Dilma argumenta um certo "rodízio", mas a verdade é que a base aliada do governo anda tensa. E desobediente. A turma peemedebista sinalizava rebeldia, reclamava de pouca articulação com o governo e poder demais concentrado nas mãos de Jucá, Renan Calheiros e Sarney. Aliás, foi sob o olhar passivo do líder Jucá que o governo foi derrotado na sonhada recondução de Bernardo Figueiredo à presidência da Agência de Transporte Terreste - ANTT. Jucá também pisou na bola com o governo quando retirou da pauta o projeto que Dilma queria sancionar no Dia Internacional da Mulher, estabelecendo multa pesada a empresas que pagarem menor salário a mulheres que exerçam a mesma função de homens. Dilma ficou sem chance de fazer uma boa figura com a mulherada. Mas aproveitou o desgosto pra dá uma boa tacada e matar dois coelhos de vez: atender aos insatisfeitos da base aliada e se livrar de Jucá.
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