Os comentários do governador baiano, Jaques Wagner, sobre a aliança Lula-Maluf não são apenas contemporizadores. Beiram ao surrealismo fantástico. Pra não dizer tragicômico. A saber: " É a convivência democrática, não devemos exterminar nenhuma espécie". E porque não Wagner? Quer dizer então que cabe na arca do PT qualquer espécie - bandido, ladrão, corrupto, enganador - desde que renda ao partido algum tipo de recurso que o ajude a chegar ao poder? É isso? Deve ser. Porque a "espécie" em questão é Paulo Maluf, réu em ação penal por lavagem de dinheiro, procurado pela Interpol e proibido de entrar em nada menos que 181 países. Porque se entrar, vai preso. Com essa ficha criminosa, Maluf não deveria ser exterminado da política brasileira? Hein governador? E mais surpreendente ainda é ouvir do governador o seguinte: "Evidentemente ele tem uma história até contraditória com a nossa, mas as coisas estão tão distantes que é preciso superar". Superar? Então Maluf é acusado de crimes e o povo brasileiro deve relevar esse fato, superar, esquecer, apagar da memória e acolhê-lo de volta à cena pública, como se nada fora? É isso governador? Não dá para acreditar nessa assertiva, sobretudo vindo de um combativo esquerdista, defensor da ética, da transparência e das liberdades democráticas, bandeiras que sempre permearam sua trajetória e o discurso do seu partido que, ao que parece, perdeu-se entre as benesses, o deslumbramento e as regalias que chegam junto com a conquista do poder. Vamos combinar!
quinta-feira, 21 de junho de 2012
A "espécie" que Wagner não quer exterminar
Os comentários do governador baiano, Jaques Wagner, sobre a aliança Lula-Maluf não são apenas contemporizadores. Beiram ao surrealismo fantástico. Pra não dizer tragicômico. A saber: " É a convivência democrática, não devemos exterminar nenhuma espécie". E porque não Wagner? Quer dizer então que cabe na arca do PT qualquer espécie - bandido, ladrão, corrupto, enganador - desde que renda ao partido algum tipo de recurso que o ajude a chegar ao poder? É isso? Deve ser. Porque a "espécie" em questão é Paulo Maluf, réu em ação penal por lavagem de dinheiro, procurado pela Interpol e proibido de entrar em nada menos que 181 países. Porque se entrar, vai preso. Com essa ficha criminosa, Maluf não deveria ser exterminado da política brasileira? Hein governador? E mais surpreendente ainda é ouvir do governador o seguinte: "Evidentemente ele tem uma história até contraditória com a nossa, mas as coisas estão tão distantes que é preciso superar". Superar? Então Maluf é acusado de crimes e o povo brasileiro deve relevar esse fato, superar, esquecer, apagar da memória e acolhê-lo de volta à cena pública, como se nada fora? É isso governador? Não dá para acreditar nessa assertiva, sobretudo vindo de um combativo esquerdista, defensor da ética, da transparência e das liberdades democráticas, bandeiras que sempre permearam sua trajetória e o discurso do seu partido que, ao que parece, perdeu-se entre as benesses, o deslumbramento e as regalias que chegam junto com a conquista do poder. Vamos combinar!
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Vale a pena ver de novo
Em 1984, no Comício das Diretas Já, o ex-presidente Lula declarou a seguinte frase referindo-se a Maluf: "O símbolo da pouca-vergonha nacional está dizendo que quer ser
presidente da República. Daremos a nossa própria vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente". E agora vamos relembrar Maluf, falando de Lula, quando era candidato, em
1993: "Quem votar em Lula vai cometer suicídio administrativo". E mais: "Declaração
infeliz do presidente. Ele não está a par do problema, e se ele quiser
realmente começar a prender os culpados, comece por Brasília. Tenho
certeza de que o número de presos dá a volta no quarteirão, e a maioria é
do partido dele, do PT". Bem, em se tratando de Maluf, o que a perder? Nada. E de troco ainda exibe a humilhante cooptação de Lula pública e constrangedoramente. Quanto à Lula, ficamos a pensar qual o próximo tiro no pé que se dará.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Malufada
Lula
e seu candidato Fernando Haddad não constrangeram apenas a vice da
chapa petista à prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina (PSB).
Constrangeram o país. Não se pode, é óbvio, ir de encontro a uma
política de convergência - eu disse convergência – que
congregue pessoas ou partidos que somem uma estratégia com senso e
objetivos comuns. Mesmo que as tais bandeiras ideológicas tremulem
em lados opostos. No cenário político dito moderno, tudo bem.
Questionável, pode até ser. O improvável, o impensável, o
inimaginável é que essas alianças em torno de um projeto de
governo, que pretenda, portanto, ganhar a confiança e o voto do
eleitor, sejam firmadas com grupos ou pessoas cuja história de vida
não é bem uma história de vida. É uma folha corrida. Inclusive de
crimes contra o dinheiro público. Ora, deixa ver se eu entendi. O
ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, insistiu,
buscou, articulou, negociou e deu visibilidade a um acordo que traz
para o barco da campanha do seu apadrinhado Fernando Haddad a um
provável governo paulista a figura suspeita do senhor Paulo Maluf?
É isso? Estou falando do homem, cujo Supremo Tribunal Federal –
STF , recentemente, acatou a denúncia de lavagem de dinheiro contra
ele, sua mulher e seus quatro filhos, que passaram a ser réus em
ação penal. A listinha de acusações contra o sujeito é bem
quilométrica. Maluf tem bens bloqueados no Brasil e prisão
decretada pela Interpol em 181 países. Se entrar em qualquer um
deles, vai ouvir: “ teje preso”. No momento, Maluf e a mulher não
estão respondendo por crime de formação de quadrilha porque já
passaram dos 70 anos. A velha idade lhes salvaram. Diante de tudo
isso e um pouco mais que as nossas vãs mentes não alcançaram nem
nossos olhos viram, presenciar o ex-presidente Lula adentrar a rica
mansão de Maluf, posar para belas fotos e trombonear para a imprensa
falada, escrita e televisada que malufou e que o tem agora como aliado, é o mesmo que constatar
que a desfaçatez tomou uma dimensão tão cristalizada nos meandros
políticos que corrupção, desvio, roubo, suborno, lavagem de dinheiro e
tráfico de influência não mais representam qualquer empecilho para
os que querem chegar ou continuar no poder. Ao contrário, diante da perplexa indignação do povo, cujo pensamento e sentimentos jaz ignorados, a casta exibe-se sem
ruborizar, carimbando o Brasil como uma real e típica “república
de bananas”. E Viva o povo brasileiro!
Foto: Léo Pinheiro/Terra
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Una birra troppo buona
Essa é para os apreciadores de plantão. Já é possível sorver goles gelados da melhor cerveja do mundo, aqui mesmo no Brasil. Mas é preciso dá um pulinho ali em São Paulo. Pois é. Por enquanto só em Sampa pode-se encontrar a preciosa Oranjeboom premium lager (5% de álcool). De corpo agradável, bem maltada e com amargor residual persistente, a cerveja holandesa já está sendo comercializada em lata de 500 ml (R$ 10,50) e garrafa de 660 ml (R$ 15,90) em bares como Frangó, Coisa Boa (zona oeste da cidade) e Bierboxx. Também nos empórios Alto de Pinheiros, Frei Caneca, Sagarana e Turmalina. Há também as versões extra strong (R$ 10), com 8,5% de álcool, e super strong, com 12% (R$ 12). A Oranjeboom foi eleita a melhor draught lager do mundo por juízes da premiação Brewing Industry International Awards em 2002. Considerado um dos maiores bebedores de cerveja, os baianos vão ter que esperar pela chegada da "boazuda" na praça. Enquanto seu lobo não vem, vai juntando moedinhas no porquinho...
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