quinta-feira, 21 de junho de 2012

A "espécie" que Wagner não quer exterminar


Os comentários do governador baiano, Jaques Wagner, sobre a aliança Lula-Maluf não são apenas contemporizadores. Beiram ao surrealismo fantástico. Pra não dizer tragicômico. A saber: " É a convivência democrática, não devemos exterminar nenhuma espécie". E porque não Wagner? Quer dizer então que cabe na arca do PT qualquer espécie  -  bandido, ladrão, corrupto, enganador - desde que renda ao partido algum tipo de recurso que o ajude a chegar ao poder? É isso? Deve ser. Porque a "espécie" em questão é Paulo Maluf, réu em ação penal por lavagem de dinheiro, procurado pela Interpol e proibido de entrar em nada menos que 181 países. Porque se entrar, vai preso. Com essa ficha criminosa, Maluf não deveria ser exterminado da política brasileira? Hein governador? E mais surpreendente ainda é ouvir do governador o seguinte:  "Evidentemente ele tem uma história até contraditória com a nossa, mas as coisas estão tão distantes que é preciso superar". Superar? Então Maluf é acusado de crimes e o povo brasileiro deve relevar esse fato, superar, esquecer, apagar da memória e acolhê-lo de volta à cena pública, como se nada fora? É isso governador? Não dá para acreditar nessa assertiva, sobretudo vindo de um combativo esquerdista, defensor da ética, da transparência e das liberdades democráticas, bandeiras que sempre permearam sua trajetória e o discurso do seu partido que, ao que parece, perdeu-se entre as benesses, o deslumbramento e as regalias que chegam junto com a conquista do poder.  Vamos combinar!





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