segunda-feira, 6 de maio de 2013
Micro e pequenos ganham status de gente grande
Um segmento reconhecidamente estratégico para a economia do país está finalmente encontrando seu lugar ao sol - ou seria à sombra? -. Naturalmente não de graça. A combativa turma das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte comeu poeira e sal por longos anos, mas conseguiu organizar suas bases nos quatro cantos brasileiros, consolidar entidades e fortalecer seu movimento nacional. As representações das ME e EPP mobilizaram seus soldados e fizeram muito barulho no Congresso Nacional. Conquistaram a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que estabeleceu normas de tratamento diferenciado para favorecer a esses pequenos, e agora ganharam um ministro pra "chamar de seu". A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira, 6, o vice governador de São Paulo, Afif Domingos - PSD, como o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. A posse está marcada para quarta-feira, às 10 h.
O Sebrae, naturalmente, teve efetiva participação nesse processo de conquistas, mas precisa valorizar e apoiar mais as entidades que congregam e legitimam o árduo movimento desse gigante segmento promissor. Precisa abrir mais a cancela do seu imenso poder financeiro e de barganha, acolhendo, inclusive, na mesa dos seus Conselhos, as representações das associações e federações das ME e EPPs.
Mil pontos para a presidente Dilma Rousseff, não apenas pela iniciativa de criar a Secretaria, mas por não mais ignorar a força propulsora que esses pequenos têm no desenvolvimento sustentável e na redução das desigualdades sociais do país. E quando falo de "força", é força mesmo. O Brasil tem cerca de 6,9 milhões de micro e pequenos negócios, o que significa 99% das empresas estabelecidas. Ou seja, quase 100% das empresas brasileiras são micro ou pequenas, restando apenas 1% para as médias e grandes. Esse número empurra o país para o topo dos países mais empreendedores do mundo. E não é só isso. Segundo dados recentes do Sebrae, em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade - IBQP. as ME e EPP são responsáveis por 52% dos empregos formais no país, representando 40% da massa salarial; por 70% das novas vagas de emprego; por 25% do PIB e por 1% das exportações. Convenhamos, não se tratava mais de visão estratégica. Simplesmente não dava mais para continuar ignorando esses números.
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