terça-feira, 22 de abril de 2008

O perigo de "deletar" pequenos partidos

Preocupada com a tendência que nota-se por aqui de reduzir o número de partidos numa possível reforma política, a jornalista Míriam Leitão chama a atenção em artigo publicado em seu blog sobre o exemplo recentíssimo da Itália, que iniciou reforma similar em 1994. O resultado, como diz ela, "é de arrepiar". A reforma acabou por montar um sistema bipartidário que resultou no terceiro mandato do ultra-conservador Silvio Berlusconi. De cara, em seu discurso de entrada Berlusconi mostra as garras da sua xenofobia ao chamar os imigrantes de " exército do mal". Também fez críticas ao primeiro-ministro espanhol, o socialista Rodriguez Zapatero, por ter montado seu gabinete com maioria feminina e outras asneiras mais. Sem querer transportar modelos e respeitando-se as diferenças de sistema - o Brasil é presidencialista e a Itália é parlamentarista - é pertinente a opinião da jornalista quando diz que nem todo partido pequeno é ruim. Ela cita o PSOL como uma minoria radical e ideológica que faz bem ao sistema, exemplificando a atuação da legenda no caso de Renan Calheiros. E conclui: "que a Itália de Berlusconi III, com suas inclinações fascistas, nos sirva de alerta".

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