terça-feira, 8 de abril de 2008
O PT dá novo tom ao samba da sucessão de Salvador
A sucessão municipal de Salvador poderia virar samba. Samba do criolo doido. O PT agora coloriu o quadro político com mais tinta. Vermelha pra uns. Verde-esperança pra outros e negra pra outros tantos. Três nomes do partido estão na puxada da corda, disputando a indicação para concorrer ao cargo de prefeito sucessor de João Henrique: Walter Pinheiro, Nelson Pelegrino e Luiz Alberto. Todos bons deputados federais, porém carentes de um certo charme carismático-ofensivo que encanta eleitores. JH, que compôs com o partido desde o primeiro instante de seu governo e, entre certa boa vontade e repactuação disponibilizou nada menos que quatro secretarias à legenda da estrelinha, não gostou por nada. Achou traição. Esperava justo agora a contrapartida que não veio. Pior. No lugar dela, a punhalada. Gostou menos ainda o minsitro Geddel Vieira Lima, homem forte do PMDB baiano que apóia com todas as letrinhas a reeleição de JH e apostava no elo petista para fortalecer o projeto. Destemido, Geddel garante que vai apoiar JH "sozinho" se preciso for. Mas quem conhece Geddel sabe que dificilmente ele estará só. Naquele tom um tanto indignado, Geddel dispara: " O PMDB estará livre pra fazer o que quiser em 2010". Isso com o olhar fixo no DEM. E 2010, é bom que se diga, é o ano em que Jaques Wagner - a quem o PMDB ajudou a eleger -, vai querer suporte para continuar ocupando o Palácio de Ondina.
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