segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O ministro "osso duro de roer"

Ao que parece, os "malfeitos" do governo Dilma jamais serão detectados ou corrigidos espontaneamente pelo próprio governo. Embora a presidente tenha garantido isso, pouco tempo faz. A imprensa, chamada de "maldita", "marrom" e " perseguidora" pelos que foram denunciados (ministros, servidores, partidos), é quem , a bem da verdade, vem sistematicamente investigando e entregando de bandeja ao Palácio os fraudulentos esquemas montados na Esplanada dos Ministérios. No curto período de 11 meses de governo, Dilma foi obrigada a se livrar de cinco ministro suspeitos de corrupção. O ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, que aumenta para seis a soma de ministros fora do governo ao longo desse período, saiu por conta própria, sem pesar sobre ele acusações. Mas essa conta é grave. Mais grave ainda ficará se o ministro bola da vez, Carlos Lupi, do Trabalho, também cair. Neste fim de semana a revista Veja denunciou um esquema de cobrança de propinas de ONGs para liberar repasses de recursos, envolvendo, por enquanto, um servidor da pasta, o coordenador de qualificação, Anderson Alexandre dos Santos, já demitido por Lupi. Prova cabal de que o governo está a reboque da imprensa, fazendo faxinas tardias, quando deveria está na vanguarda farejando, limpando e punindo os tais "malfeitores". A vassoura, então, só está sendo acionada quando a imprensa aponta a sujeira. Não há qualquer indício de vontade política - própria - de se fazer "limpeza" dentro do governo. Os partidos envolvidos se unem num coro angelical de fora a fora do país, afirmando a decência dos seus prepostos e o apedrejamento gratuito por parte da imprensa. A boca, sabe-se, continuará dura até que tudo seja provado. Ou virado uma enorme pizza. Bem, pelo menos o PDT, partido de onde saiu Carlos Lupi, está inovando. Promete entrar com uma representação contra o ministro na Procuradoria Geral da República - PRG. Vai ficar melhor na fita do que o PCdoB, casa de Orlando Silva, o ex dos Esportes.
  • Estupefacta, a sociedade brasileira fica a se perguntar: " Quem será o próximo"? Quem cantará agora a velha cantiga: " Não fui eu, não sei de nada, não sei quem foi"?
  • Como os demais, Carlos Lupi se compara à cana de canavial e garante: "Nem facão nem a queimada arrancam minha raiz".
  • Qualquer dia desses, algum ministro, ao ser apontado, vai dizer : " Eu não sou Eu".

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