quarta-feira, 13 de março de 2013

Sem sino, sem nevoa, sem Papa

Nem nevoa branca, nem sinos, nem badalos. A turba que ansiosa esperava o anúncio do novo Papa sob chuva e frio, no pátio molhado da Piazza São Pedro aquietou-se decepcionada ao ver surgir na chaminé da Capela Sistina uma negra fumaça, indicando que os cardiais ali reunidos em secreto conclave, não haviam chegado a um consenso sobre o nome do Pontífice que a partir de agora vai reger a Igreja Católica. Votos queimados com lamentações, os cardeais seguem agora confinados na Casa de Santa Marta,  até quinta-feira, 14, quando haverá duas votações pela manhã e outras duas à tarde. A histórica votação só acaba quando um dos participantes obtiver os 77 votos necessários ou mais para transformar-se em Papa. A imprensa italiana coloca no ranking dos preferidos o cardeal brasileiro Dom Odilo Pedro Scherer, gaúcho, arcebispo de São Paulo. Segundo informações do G1 nunca antes na história do Vaticano um brasileiro esteve tão perto de tornar-se Papa. E dá os motivos:

1. Idade e vigor. Scherer tem 63 anos. 
2. Bom conhecimento da Cúria, a máquina administrativa do Vaticano.
 3. Nome 'limpo' no escândalo de abusos sexuais que sacudiu a Igreja.
4. Sintonia com novas formas de comunicação. Ele tem conta no Twitter e tem demonstrado saber fazer uso da mídia social.
5. Candidato da América Latina.

Contra ele pesam:
1. Pouco conhecido pelos cardeais.
2. Candidato da América Latina. Para alguns cardeais, isso pode ser visto como vantagem, mas para outros pode ter o efeito contrário. A Igreja é conservadora, e os cardeais sempre preferiram um europeu. 
 3. Centrismo e falta de arrojo.
4. Visto como candidato dos antirreformistas.
5. Falta de carisma.

 Fotos: G1

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