terça-feira, 13 de setembro de 2011

Uma nova mulher

Confesso ter torcido o nariz inúmeras vezes para os concursos de Miss. Assisti o Miss Universo pela Band nesta segunda-feira pós-feriadão e, não sei se pelo meu espírito leve ou pela modernização do evento - que sempre considerei um tanto retrô -, gostei do que vi. E gostei mais ainda do resultado. Inusitado e quase improvável em tempos anteriores, onde louras e morenas de faiscantes olhos claros sempre arrebatavam a coroa. A negra angolana que subiu ao trono do Miss Universo ontem, Leila Lopes, 25 anos, é simplesmente uma deusa imponente e mereceu o título. Apesar da confusa tradução de línguas o evento foi bem elaborado, vibrante em cores e pinceladas de tecnologia. Figurino e mentalidades das misses ganharam, ao que parece, sopros de modernidade. A maioria das beldades apresentaram uma mente apontada para o futuro profissional e para o conhecimento, quase todas dominando cerca de 5 linguas, inclusive a brasileira Priscila Machado, 25 anos, que brilhou em terceiro lugar. Biquines coloridos e vestidos transparentes e esvoaçantes substituiram os cafonas maiôs Catalinas e os pavorosos trajes típicos que transformavam as coitadas em verdadeiras árvores enfeitadas. E, se não me engano, nenhuma delas disparou que o Pequeno Príncipe seria seu livro de cabeceira. Ufa! Novas e lindas mulheres.
  • Claudinha Leite: Show de bola a vigorosa e moderna apresentação da cantora baiana.
  • Bebel Veloso: Também desfilou seu talento pelo palco do Miss Universo. Mas suas performances intimistas são bem mais interessantes.

Foto: Paulo Whitaker / Reuters

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