quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Licença para matar

Quem capturar Muammar Gaddafi, o ditador da Líbia, pode matá-lo e ficar tranquilo. Nada lhe acontecerá. Ao contrário. Será totalmente anistiado, caso tenha cometido crimes durante o regime e ainda ficará rico, caso ainda não seja. Receberá a bagatela de R$ 2,5 milhões. A garantia é oficial. Vem do presidente do Conselho Nacional de Transição, Abdel Jalil. Com tantos atrativos, a caçada mobilizou rebeldes e, quiçá, seguidores do líder. Duro na queda, o ditador, de algum lugar ainda não alcançado, incita seus fiéis a marcharem em direção a Trípoli e "purificarem" a capital ocupada pelos opositores. Em discursos transmitido por canais leais a ele, Gaddafi chamou os rebeldes de "ratos, cruzados e infiéis" e convocou todas as tribos da Líbia a expulsarem do país os agentes estrangeiros. "A Líbia é para o povo líbio e não para os agentes, não para o imperialismo, não para a França, não para o Sarkozy, não para a Itália", bradou com a típica arrogância dos tiranos que, mesmo vencidos, recusam-se à rendição.

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