Em março, a presidente Dilma tinha 73% de aprovação segundo a pesquisa CNI/Ibope. Em novo levantamento divulgado essa semana pelas duas instituições, esse índice caiu para 67%. A queda foi de 6 pontos percentuais. Dilma diz que vê com "muita tranquilidade" essa queda, afirma que não vai se pautar por pesquisas e garante estar muito mais preocupada com a crise internacional do que com o sobe e desce das enquetes. Ou seja, ela tem mais o que fazer. E tem mesmo. Mas não apenas no âmbito da economia. A sua base aliada, irritada com as denúncias de corrupção e com o tratamento que a presidente vem dispensando à questão, abre flancos de instabilidade e faz questão de mostrar as garras afiadas da infidelidade. O PR ameaça sair definitivamente do bloco e o PMDB enviou mensagem curta e grossa à presidente: "sem a gente, você não consegue governar". E obstruiu todas as votações de ontem, 10, no Congresso. O boicote foi planejado na casa de Sarney. E mais: o partido ameaça aderir ao requerimento da CPI da Corrupção. Então, presidente, seria prudente ampliar suas preocupações com o irrascível e bruto mercado político interno.
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