quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Petróleo menos nosso de cada dia

Com sondas fincadas em 28 países a Petrobra desbota cada vez mais o antes tão ressonante "bravo orgulho" brasileiro. Não se há de negar, obviamente, que ostentar o título de maior empresa do Brasil e figurar no ranking da Forbes 2012 entre as duas mil maiores empresa do planeta, sendo a primeira no país varonil e a décima na colocação mundial, não é pouca coisa não. Mas as notícias trazidas nesta terça-feira, 05, pela presidente da estatal, Graça Foster, dando conta de que em 2012 o balanço de lucros da Petrobras apresentou os piores resultados dos últimos oito anos e que as perspectivas para o primeiro semestre de 2013 são ainda mais "difíceis" - Foster se recusa a usar a palavra "piores" - levaram os brasileiros a colocarem as suas já sofridas barbas de molho. Afinal, o temor não é apenas o de que o valor de mercado da estatal, estimado em cerca 180 bilhões de dólares (dinheiro pra chuchu ), sofra abalos em seus muitos U$. Mas o de que os parcos R$ do médio e pequeno brasileiro desapareçam de seus bolsos para tilintarem nos cofres dos postos de gasolina. O lucro da Petrobras em 2012 foi de R$ 21,18 bilhões. Mas a queda em comparação a 2011 foi bem brutal e assustou: nada menos que 36%. O  que significa uma perda de R$ 33,21 bilhões. Muito dinheiro. E menos 28 mil barris por dia, ao longo de 2012. O anúncio repercutiu na Bolsa de São Paulo e as açõs da Petrobras tombaram logo em 8%, conforme dados do G1. Diante disso fica difícil acreditar no minsitro da Fazenda, Guido Mantega, que  apareceu ontem nos noticiários garantindo que não haverá novo reajuste no preço da gasolina. Mantega não parecia lá  muito seguro e convincente quando argumentou que o governo tinha acabado de reajustar os combustíveis e que não cabia, portanto, se falar em novos aumentos. Mas Graça Foster já avisou que os três últimos reajustes nos preços da gasolina e do diesel - que somaram respectivamente 14,9% e 16,1%,  - não foram suficientes para eliminar a diferença do que é cobrado no mercado interno, em relação ao mercado externo. Barbas mergulhadas, portanto.

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