sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Trem da discórdia

A queda de braço entre o Governo do Estado da Bahia e a Prefeitura de Salvador romperam as fronteiras das eleições municipais. O ranço ficou. Agora cada lado quer provar que tem respaldo e cacife. Com o governo federal. Audiências com Lula, pedidos ministeriais e fotos na mídia. Os vagões do esperado metrô que vem sendo construído na cidade chegaram. 12 no total. Prontos para serem colocados nos trilhos. E todo mundo quer ser o pai dos vagões. Hoje, 7, os rebentos foram apresentados à imprensa. Mas nem tudo funcionou como se esperava. Comitiva de frente do Estado: a presidente da Conder, Maria Del Carmem e o secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence. Comitiva de frente da prefeitura: o prefeito reeleito João Henrique e o ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. JH queria tirar foto com os vagões. Foi impedido. O destaque ficou por conta da imensa bandeira com a logomarca do Governo da Bahia que protegia os vagões. Estratégia de Maria Del Carmem, que - como diz Djavan - "como mãe, "dormiu olhando os "filhos" com os olhos na estrada". A estrada de 2010, naturalmente. Mas pra João sobrou o assédio da midia. Mídia essa que Carmem se queixa de querer vê-la fora do circuito da Conder. E o povo que escolheu João para tocar Salvador, e Wagner para governador, quer mesmo os vagões nos trilhos. Facilitando e conduzindo o seu destinos pra onde decidiu ir. E, na hora certa, o povo volta a pensar e a decidir quem fica parado na estação e quem segue.

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