Em entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal no Rio, Salvatore Cacciola disse que nunca foi um foragido da Justiça brasileira. Segundo ele, quando deixou o Brasil, há oito anos, tinha em mãos uma decisão do ministro Marco Aurélio de Melo, do STF, que garantia o direito de deixar o país sem nenhum problema .Cacciola desembarcou no Brasil por volta das 5h desta quinta-feira, 17, no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Foi a etapa final de uma viagem que começou na véspera, em Mônaco, onde ele estava preso desde setembro do ano passado. Cacciola, que não usava algemas, seguiu direto para a sede da Polícia Federal no aeroporto e não chegou a passar pelo saguão de desembarque. Na entrevista, Cacciola disse que, dois dias após ter viajado para a Itália, o ministro Velloso anulou a decisão e, então ele decidiu não voltar mais para o Brasil. Ele diz que confia na justiça e que é preciso lembrar que as pessoas condenadas no mesmo processo estão livres. "Eu não estava fazendo nada diferente disso [que os outros condenados faziam, em liberdade]. Só que eu estava na Itália". O superintendente da PF, Valdinho Jacinto Caetano, informou que Salvatore Cacciola já fez exame de corpo de delito e será levado para o sistema prisional do Rio de Janeiro, onde permanecerá à disposição da Justiça. Cacciola ficará preso no Presídio Ari Franco, em Água Santa, subúrbio do Rio.
Foto: Cláudia Loureiro/G1
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