quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cacciola chega ao Brasil sem algemas e dá entrevista na sede da Polícia Federal

Em entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal no Rio, Salvatore Cacciola disse que nunca foi um foragido da Justiça brasileira. Segundo ele, quando deixou o Brasil, há oito anos, tinha em mãos uma decisão do ministro Marco Aurélio de Melo, do STF, que garantia o direito de deixar o país sem nenhum problema .Cacciola desembarcou no Brasil por volta das 5h desta quinta-feira, 17, no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Foi a etapa final de uma viagem que começou na véspera, em Mônaco, onde ele estava preso desde setembro do ano passado. Cacciola, que não usava algemas, seguiu direto para a sede da Polícia Federal no aeroporto e não chegou a passar pelo saguão de desembarque. Na entrevista, Cacciola disse que, dois dias após ter viajado para a Itália, o ministro Velloso anulou a decisão e, então ele decidiu não voltar mais para o Brasil. Ele diz que confia na justiça e que é preciso lembrar que as pessoas condenadas no mesmo processo estão livres. "Eu não estava fazendo nada diferente disso [que os outros condenados faziam, em liberdade]. Só que eu estava na Itália". O superintendente da PF, Valdinho Jacinto Caetano, informou que Salvatore Cacciola já fez exame de corpo de delito e será levado para o sistema prisional do Rio de Janeiro, onde permanecerá à disposição da Justiça. Cacciola ficará preso no Presídio Ari Franco, em Água Santa, subúrbio do Rio.

Foto: Cláudia Loureiro/G1

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