Ministros de diversos países estão reunidos em Genebra para tentar concluir as negociações da Rodada de Doha, que começaram em 2001. Esta etapa é considerada crucial porque ela pode determinar um consenso sobre as chamadas modalidades, que estipulam o quanto os países reduzirão suas cotas, subsídios e tarifas. Durante os sete anos de negociações, as partes não conseguiram conciliar suas visões sobre esse tema.
Os países desenvolvidos - especialmente os EUA, a União Européia e o Japão - relutam em rever seus níveis de subsídios comerciais e o acesso a mercados agrícolas. Já os países em desenvolvimento, reunidos no chamado G-20 – do qual o Brasil é um dos líderes –, dizem que não irão liberalizar seus mercados industriais e de serviço caso não obtenham concessões.- Inútil: O primeiro dia de negociações sobre a liberalização do comércio mundial foi "totalmente inútil", segundo afirmou em Genebra o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim. "Sem surpresas, mas também sem idéias. Estamos no mesmo ponto anterior da reunião", afirmou Amorim ao final do primeiro encontro de ministros convocados para tentar concluir a Rodada de Doha da OMC - Organização Mundial de Comércio."Talvez tenha sido uma reunião necessária, era preciso fazê-la, mas realmente e totalmente inútil do meu ponto de vista, porque não ouvi nenhuma idéia nova, nenhuma sugestão. Esperemos amanhã", acrescentou.
- Polêmica: No último sábado, Amorim protagonizou uma polêmica ao acusar os países ricos de adotarem uma estratégia de manipulação de informações comparável à que era utilizada por Joseph Goebbels, lembrando a máxima do oficial nazista segundo a qual "uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade".
- Polarização: A Rodada de Doha está polarizada entre os pedidos dos países emergentes por um maior acesso aos mercados agrícolas dos países ricos e os dos Estados Unidos e Europa que pretendem maior apertura para suas exportações de produtos industrializados.
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