quinta-feira, 3 de julho de 2008

Defesa diz que operação foi 100% colombiana. Os EUA diz que deu "apoio específico"

A operação que permitiu o resgate de 15 reféns das Farc foi 100% colombiana, apesar de os Estados Unidos terem auxiliado em "ajustes prévios", disse o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos. Entrevistado sobre o papel de Washington na operação de quarta-feira, Santos respondeu: "Nenhum". E completou: "Esta foi uma operação 100% colombiana". A operação resgatou a política Ingrid Betancourt, os americanos Thomas Howes, Marc Gonsalves e Keith Stansell - ligados ao Departamento de Defesa de seu país - e 11 militares e policiais colombianos. "Nós informamos ao embaixador (americano em Bogotá, William Brownfield) porque havia uma promessa do presidente Alvaro Uribe de comunicar ao presidente George W. Bush qualquer tipo de operação", disse o ministro ao canal Caracol. "Nós informamos e pedimos que nos ajudasse com algumas pessoas para testar as teorias que tínhamos e eles nos ajudaram um pouco a calibrar certas coisas, mas à margem. A verdade é que foi uma operação 100% colombiana, inclusive toda a inteligência foi colombiana. Uma façanha impossível de acreditar, entretanto, que tenha ocorrido sem a participação e a experiência dos EUA, cuja excelência em operação do gênero é altamente reconhecida.
  • Em Washington, um porta-voz da Casa Branca admitiu que os americanos participaram do planejamento, mas negou envolvimento direto dos Estados Unidos na operação desta quarta-feira. A primeira reação do governo americano foi dar todo o crédito ao governo colombiano para não parecer uma intervenção. Mas é difícil acreditar que a Casa Branca não tenha tido um papel mais ativo para libertar os três americanos.
  • Mais : Fontes da Casa Branca foram obrigadas a reconhecer que, além do planejamento, os Estados Unidos deram "apoio específico", sem dizer exatamente o que é isso. Os três americanos foram levados a um hospital no Texas.

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