quinta-feira, 29 de maio de 2008

Casal Nardoni jura inocência. Mas volta para a cadeia

O casal Nardoni voltou para cadeia onde estavam, após pretar depoimento onde juraram inocência. Entre momentos de choro, contradições sobre ciúme e acusações contra a polícia, foram interrogados nesta quarta-feira, 28 Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, pai e madrasta da menina Isabella, 5, morta ao cair do 6° andar do edifício em que morava o casal. Os dois respondem criminalmente pelo homicídio, que ocorreu em 29 de março. Alexandre Anna Carolina conversaram pouco antes da sessão. Em celas separadas da carceragem do Fórum de Santana (zona norte de São Paulo), eles ficaram frente a frente, de onde se viam pelas grades. Nervosa, a madrasta teria sido acalmada por Alexandre. Primeira a ser ouvida pelo juiz Maurício Fossen, Anna Carolina tomou três horas e meia para relatar sua versão dos fatos. Durante o depoimento, ela chorou por diversas vezes e reafirmou ser inocente. Em seguida, foi a vez de Alexandre falar por duas horas e meia. Ambos ficaram algemados e usavam roupas de presidiários. Por volta das 23h, eles retornaram a presídios em Tremembé, no interior paulista, onde estão presos. Imformações do UOL Notícias.
  • Pressão: Anna Carolina e Alexandre, pela primeira vez, atacaram uma suposta conduta da polícia no dia do crime. A madrasta disse ter sido pressionado na delegacia, logo após o homicídio, pela delegada Renata Pontes, que regeu as investigações, para incriminar o marido.“A dra. Renata falava: ‘Vou colocar você em uma temporária, você não tem faculdade, o Alexandre tem. Você tem noção do que é cair em uma prisão?’”. Ainda segundo Jatobá, a delegada teria questionado se ela não estaria encobrindo Alexandre por amor.
  • Indignado: Mais tarde, Alexandre Nardoni também alegou inocência e afirmou estar indignado com o comportamento que a polícia teria adotado na noite em que sua filha morreu. O pai de Isabella diz ter sido chamado pela delegada de “assassino”, enquanto o outro delegado do caso, Calixto Calil Filho, o teria taxado de “psicopata frio”, no mesmo momento em que chutava uma lixeira e batia na mesa, em tom ameaçador. “Estou indignado até hoje”, afirmou Alexandre.
  • Ensaiados: O promotor do caso, Francisco José Cembranelli, criticou os depoimentos do casal e disse que a intenção "era a de desmoralizar um trabalho feito de maneira decente".Para ele, ao mesmo tempo em que foram contraditórios, o casal coincidiu em diversos pontos, "em versões que estão bem "ensaiadas, até exageradamente".

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