sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ferve o caldo da sucessão municipal de Salvador

  • Depois que o PT finalmente chegou a um bom termo sobre seu pré-candidato à prefeitura de Salvador, "extraído" em prévias o nome do deputado federal Walter Pinheiro, o caldeirão da disputa pelo Palácio Thomé de Souza entrou em ebulição. A fervura já se levantava desde a inesperada articulação entre o PSDB do pré-candidato Antonio Imbassahy e o PRB do radialista e apresentador da TV Record, Raimundo Varela. A movimentação em favor do casamento PSDB/PRB cruzou o espaço aéreo Salvador/Rio/Brasília e aterrisou outra vez em Salvador com dedos sem alianças. Mas foi o suficiente para ligar antenas, acionar conchavos, gerar ansiedade nos partidos oponentes e elevar ainda mais a temperatura da sucessão, que agora ganha mais calor com a entrada embora que tardia do PT. O PT procura um vice e diz que o coadjuvante tem que sair de uma bem fortalecida Frente de Esquerda. Bem, não resta dúvida que os "puro-sangue" dessa Frente seriam o PCdoB, de Olívia Santana, o PSB, de Lídice da Mata, ambas consideradas as vices "dos sonhos", como definiu , Walter Pinheiro na edição de ontem, 29, do Programa Fala Bahia do radialista e ex-vereador Emmerson José. Mas o arco da Frente enverga outras vertentes. E é aí que mora o perigo. Ou seria: "as relações perigosas"? Já se sabe que nesse arco (íris) tem o PV, em cujas veias corre sangue não tão puro assim, mas que não chega a "descaracterizar" - como teme o próprio Pinheiro- , a chamada Frente de Esquerda. De esquerda? Pois é. Cogita-se e estuda-se impacientemente a possibilidade de engrossar as fileiras da Frente com o PRB, de Raimundo Varela, que ideologicamente de esquerda não tem nada, e com o PR, de César Borges, um "puro-sangue", mas da herança carlista. Os ensaios já começaram e vão sendo maestrados pela batuta do governador Jaques Wagner. Resta saber se dessa Frente sai esquerda ou "direita volver"!

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