quinta-feira, 19 de junho de 2008

Justiça manda Exército sair do morro. O Exército diz que não sai

O Exército permanece no Morro da Providência, no Centro do Rio, pelo menos até esta manhã, 19, apesar de ontem a Justiça ter determinado a retirada imediata dos soldados do local. Pela decisão, a Força Nacional de Segurança irá substituir o Exército no patrulhamento da região. Mas por enquanto, nenhum agente da FN foi visto no Morro. A juíza Regina Coeli Medeiros de Carvalho, da 18ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou o pedido da Defensoria Pública da União para a retirada imediata dos soldados do Exército do Morro da Providência, na Zona Portuária do Rio. Em sua decisão, a juíza determina que o pessoal de engenharia do Exército continue trabalhando, mas o patrulhamento deve ser feito pela Força Nacional de Segurança. Como a decisão é de primeira instância, a União pode apresentar recurso. O Exército divulgou nota afirmando que sua ação na favela não é uma operação em prol da segurança pública, portanto não estaria se desviando de suas funções constitucionais.
  • Polêmica: A polêmica sobre a permanência dos militares na Providência começou quando, no sábado, 14, três jovens moradores da favela sumiram e seus corpos foram encontrados no dia seguinte em um lixão, em Caxias, na Baixada Fluminense. Onze militares são acusados de ter levado os rapazes a traficantes de um morro controlado por traficantes rivais aos da quadrilha da Providência.
  • Multa: A ação civil pública da Defensoria pede a retirada imediata das tropas do Exército, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

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